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21.11.10

Uma idéia luminosa

Sou daquelas que apreciam peças antigas, talheres, xícaras, bules... Tenho uma coleção guardada em caixas a anos por pura  falta de espaço e uma grande dificuldade de me desapegar. Antigamente a casa era maior, haviam muitas festas e a disposição era outra...Já a algum tempo venho me sentindo culpada até que encontrei esta fonte de inspiração na Anthropologie, talvez as peças mais queridas possam estar mais presentes no meu dia a dia com uma outra função.

7.7.10

Garimpando pelo Lavradio

Estive na Rua do Lavradio para procurar algumas peças para a customização de um móvel que estou fazendo e acabei passando a tarde toda!! adoro andar por lá e sempre descubro preciosidades!!

Hoje foi a vez das opalinas, comecei pelas luminárias de vários tamanhos... cores... desenhos...

Tenho um corredor muito sem graça e talvez essas peças possam dar a inspiração para um novo decor.  Pensei em usar 3 globos na mesma cor mas com desenhos e tamanhos diferentes, só não consegui decidir que cor usar!

Além das luminárias, descobri várias peças lindas e me deu vontade de começar uma coleção...


Acabei me empolgando com o tema e comecei a buscar na web mais informação que vou dividir com vocês, encontrei um texto da Movelaria Carioca que fala da história da opalina. Super interessante!!

"Muito apreciadas e valorizadas, as opalinas apareceram na França no ano de 1840, sendo seu primeiro fabricante a cristaleria de Baccarat. Nasceu de um erro da manufatura francesa, pois uma mistura de areias destinada ao fabrico de uma massa de cristal, repentinamente se apresentou com um colorido e decomposição de cor, meio nebuloso, que lembrava a opala, pedra que possui as cores do arco-íris. Daí o nome "Opalina".

Tornando-se moda no período romântico, vamos encontrar neste material os mais diversos objetos: lavatórios, lustres, castiçais, caixas, vidros para perfume, copos, jarros, enfim uma série de peças ornamentais e algumas de utilidade. Além da Baccarat, outras fábricas fizeram cristal de opalina: São Luís, Clichy e, na Bélgica, Val Saint-Lambert.

As cores da opalina são poucas, embora de tonalidades variadas: as mais raras são as amarelas, cor de gema de ovo. As rosas aparecem em diversas tonalidades, desde o rosa intenso cor de goiaba, até o rosa seco. As verdes se apresentam na cor verde-alface, verde-folha e verde-água. As azuis vão desde o azul-cobalto (azul-real), ao azul-turquesa, ao azul-lavanda e levemente lilás. As mais comuns e menos valorizadas são as brancas que como curiosidade possui na sua composição o arsênico, um poderoso e fatal veneno.

Peças de grande valor são as compostas de duas ou mais cores. São peças raras devido às emendas feitas nas cores, pois cada peça de cor diferente tem que ter o ponto de fusão igual, para que não se rache ao ser emendada. As opalinas douradas e pintadas à mão também são raras, pelo fato de a opalina não suportar o calor do forno para secar a pintura e sua decoração.



Alguns potentados do Oriente, notadamente da Pérsia e da Turquia, encomendaram accarat; daí encontrarmos exemplares de gosto oriental, conhecidos sob a denominação de "turquérie" ou "à la turque", decoradas com gosto oriental ou ainda com decoração de esmalte em relevo, com a presença de pequenas pedras em "cabuchon" e colorido variado. Nas tampas das garrafas nota-se uma característica bem oriental: sua forma lembra os minaretes pontiagudos das inúmeras mesquitas do longínquo oriente

Por volta de 1170 vão aparecer, ou auge da Era Vitoriana, as opalinas mais leves, com suas bocas plissadas, conhecidas pela denominação de opalinas da Boêmia: fruteiras, cornucópias, pratos, lustres e vasos que recebem essa decoração de gosto vitoriano; pássaros e flores, às vezes em relevo, principalmente a chamada flor-da-saudade, a fúcsia, a rosa-de-bess, os brincos de princesa e borboletas aparecem pousadas então, singelamente, nos galhos de flores. Surgem nesse período as opalinas duplas, feitas inicialmente em branco e depois capeadas de outra cor. Já no final da época Vitoriana, aparecem as opalinas inspiradas no "art-nouveau" que apenas pela sua decoração característica relatam e documentam uma época perto de nós e realmente consideradas até pouco tempo de gosto duvidoso.

Em 1980 uma fábrica francesa, com o nome de "Portieux" copiou peças Baccarat, prensando-as, as quais, fabricadas em opalinas e cristal, eram de gosto popular. São manteigueiras em forma de conchas, caixas, saleiros, etc. Logo depois do aparecimento dessas peças, as opalinas entraram em decadência e chegou ao fim o seu fabrico. Mais recentemente a fábrica de Baccarat produziu peças de opalina em forma moderna, mas sem a beleza e aquela categoria imensas que possuem as peças fabricadas há muitos anos pela mesma cristaleria, as quais, talvez o primitivismo e o próprio tempo tenham enobrecido."